sábado, 14 de junho de 2014

minha mãe me ensinou a não aceitar doces de estranhos ou a política das manifestações

enquanto houver uma política de medo, de quem deve temer quem, povo e governo vão continuar se misturando. Usar da repressão, seja ela pro ou contra governo é tornar autêntico o ato da violência (verbal, física ou espacial), é gritar. de forma hipócrita, que não se quer o mesmo que faz. É mostrar-se enraizadx em suas lutas, mas ao mesmo tempo intransigente as mudanças. A política do medo é necessária porque é matéria prima, é nuvem de mudança. É desconstrução para reconstrução, mas também é escombro e poeira. Ordem e caos se misturam e apesar de saber-se o que não se quer, evidenciado em tantas falas e cartazes e depoimentos, o real desejo, ou seja "o que se quer" ainda não pode ser respondido. É uma dualidade tênue que ainda não foi enxergada.
Não estamos num período em que faltam propostas, mas sim em que falta propositores. Caminhamos pedindo o fim de um período, sem enxergar o que há após ele. É a derrubada do muro pelo simples ato de derrubar. Porque o muro incomoda, porque o muro separa, porque o muro restringe. Esquece-se então, que o muro também protege. Também cuida, também apoia. Meu medo não está em quem tira o que eu tenho. Esses são explicitos, específicos e identificados. Meu medo está naqueles que querem me oferecer, porque deles, não sei nada.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

retorno

caramba... tem tanta coisa acontecendo ultimamente que... nossa. Eu devia estar escrevendo muito mais do que eu estou. Me falta tempo, eu acho... dentro desse turbilhão de emoções e choros de alegria. Essas férias tem sido uma lavagem emocional. De tudo que eu não chorei nos últimos 6 meses. De todas as barras que eu passei e toda merda que eu ouvi, falei e fiz. Eu podia dizer que acabei de sair de uma prisão, mas é uma mentira. Na prisão tem hora pra acordar, comer, tomar banho e dormir. Eu não tinha nada disso. Principalmente comida. Principalmente horários. Seis meses almoçando de quinze em quinze dias porque era quando dava pra visitar meus pais. O resto era roubar comida do super mercado  e torcer pra alguém estar disposto a lavar as panelas.

 Ontem, pela primeira vez desde que me lembro, eu senti orgulho de mim mesmo. Fiquei me perguntando onde eu tava esse tempo todo. Demorou uma vida pra me achar. E foi difícil. Ainda to aprendendo a me ver (sem ser no espelho). É doido. É  muito doido perceber que você não faz ideia de por quanto tempo você esteve fora de si mesmo. E eu me olhei no espelho e disse "bem vindo de volta." E o espelho sorriu de volta.

Eu gostaria de conseguir colocar todos os meus sentimentos em texto da mesma forma que eu sempre coloquei... Mas agora eu leio todos os textos antigos e fico me perguntando quem é que os escrevia. Porque é claro que eu passei por tudo aquilo e senti tudo aquilo. Mas parece que não foi minha vida, sabe ? É como se eu tivesse tido um filho e batido a cabeça. Perdido a memória e quando eu volto eu sinto que eu devia reconhecer a casa e ele e as fotos e videos de familia mas nada parece fazer sentido.

Assistam Orange is the New Black.

domingo, 8 de junho de 2014

saudade

eu amo muito a bia
ficar perto dela é bom demais
ela tem cheiro de por do sol de outono

quinta-feira, 5 de junho de 2014

teve uma vez...

eu tava com uma moça que eu já tinha ficado outras vezes
śo que essa noite a gente tomou vinho demais e fomos pra casa dela
ai meio que a gente se pegando e ela em cima de mim e um filme rolando atrás (motivo pelo qual eu tinha ido pra casa dela)
e ai chegou uma hora que ela meio que lembrou que eu nao fazia sexo e ai ela sentou na cama e por acaso o filme tinha acabo a um tempo já
e aí eu virei e disse que nao tinha gostado do filme
e ela olhou pra mim com uma cara de quem não tinha acreditado no que eu disse
e indagou : "é sério que você viu o filme !?" e eu disse : "claro, nao foi pra isso que eu vim aqui ?!"

terça-feira, 3 de junho de 2014

Meu teclado tá cada vez mais esquisito... tem uns botões que falham... tipo o A... o 'a' hoje tá falhando... e eu decidi que vou escrever esse texto sem me precupar com s vezes que o 'a' não sair... Não se espantem...

     Eu preciso escrever quando to muito assustado. Queria ter escrito ontem a noite mas eu tava com muit dor de cabeça... Nossa. Muita dor de cabeç. Fumei de mais ontem. Fora dos limites mesmo. Tva nervoso com a mudnça... tava ansioso pra me mudar e tava com medo... ainda to com medo. Tenho que reacostumar com tanta coisa... As vezes conviver num ambiente machista é tão... venenoso... preciso de desintoxicação... maconha amor e anarquia... sei lá... Preciso conferir quais coisas minhas não tão comigo. Nossa é tão difícil se mudar... Essa coisa toda. E essa sensação horrível que 'se tá muito bom vai dar merda'... bem... eu ainda tenho que aprender a andar de bicicleta... e voltar a tomar chimarrão e voltar a ser saudavelmente feliz. E é isso.

Só despreocupar e amar sem limites.

mudancinha.

Finalmente uma mudança. De hábito de vida e de casa. Não foi fácil. Ainda não tá sendo... É. Apesar do ambiente ser muito melhor que o anterior ainda tem um que de 'eu nao sei o que eu to fazendo' e um outro quê de 'eu ainda nao to em casa'... Eu adoro morar em república, mas se mudar de uma pra outra é tão difícil... A gente se sente tão... visita de si mesmo. Faz sentido ? Acho que não faz o menor sentido né ... Mas é doido aqui. Doido tipo bom. É uma liberdade outra e eu ainda vou me acostumar a lidar com isso. Vão rolar vacilos... Espero que não destruam a experiencia toda ...
A música é muito boa. Todas elas. Parece que todo mundo que passa por aqui tem um bom gosto muito diferente. Muita coisa pra acrescentar pro mundo, sabe? Todo mundo é implicado com certas questões  e essas questões se atravessam de uma forma bem intensa. É tudo bem louco. A comida é muito boa. Acho que todo mundo aqui é vegetariano. Sonhos. Apenas sonhos.
Espero que essa mudança seja uma experiencia boa. A última foi doida. Altos e baixos... Dormi mal nessa primeira noite mas é porque eu ainda não to acostumado comigo aqui e com a casa e com as pessoas e com os barulhos que a noite reserva desse lado de cá da cidade. Aliás, ainda não sei chegar em casa... Nunca tinha vindo 'pra essas bandas' e ainda é tudo tão novo... tão... desconhecido... Ainda to me sentindo meio fora de lugar, meio fora de si, meio fora de tudo... Aí que mora o perigo... Essa período pré adaptação porque eu ainda to inseguro de existir na minha completude... mas ontem foi um dia atípico. Eu tava nervoso e tava cansado e tava com dor de cabeça... Hoje vai ser melhor, talvez.
Se não for a gente continua tentando até dar muito certo ou muito errado...
Espero que dê certo. Eu gosto daqui