terça-feira, 19 de junho de 2012

19.06

é óbvio que eu ia arranjar um jeitinho de vir aqui, mesmo que rapidinho, mesmo que eu não faça isso sempre, só pra dar um oi, deixar uma musiquinha.... caralho.... a gente não se vê tem uma penca de tempo. Nem sei se você veio mesmo pra Niterói no fim de semana e já não posso dizer que lembro de todos os momentos com você. Porra, certeza que não lembro, mas lembro de uns muito bons, que vou lembrar pra sempre... de todas as vezes que a gente riu junto, de todas as vezes que eu disse que voce ia se ferrar, de todas as vezes que voce sentiu ciúmes de mim e eu de você... de todas as vezes que quis te beijar e não pude e ainda não posso haha... Até hoje não sei dizer o que a gente foi nem o que a gente é... É uma alegoria de sensações e emoções e divisões... acho que a gente não nasceu pra rótulo mesmo, né... e assim a gente segue, meio sem seguir, com medo da vida se transformar em algo mais que não ligar e tomar umas cervejas... que as coisas fiquem sérias e pior, que fiquemos sérios... Que esqueçamos a vida de sentar na praça e não se preocupar e esquecer que o que realmente importa é não se importar com nada.
Sinto uma puta saudade daqueles tempos bons em que a gente simplesmente sentava na escada da praça e ficava cantando, conversando, observando as pessoas, como diz Maurício Pereira : "sem pressa e sem pressão, devagar bem devagarinho..." e assim a gente ia resolvendo os problemas, sem problema. 
Saudade da época que tudo se baseava em Chico Buarque e cinco reais, às vezes mais, uns maços de cigarro, uns dias de choro, alguns de riso e muitos de silêncio. Só a companhia bastava, algumas poucas palavras e a gente já se sentia bem, era o desespero agradável de não ter nada que dizer mas não precisar de nada o que ouvir... e às vezes um pouquinho de Fernando Abreu para acalmar os nervos, uns erros, uns tropeços, uns acertos (poucos, sim, mas alguns) e muitas tentativas. Tá, nem tantas, mas a gente tentou, vai...E assim foi e ainda seria se não fosse a distância e as dificuldades de uma vida quase adulta...




    • Lembro de todas as vezes que a gente jurou amor eterno, proteção eterna, cuidado eterno, carinho eterno. Tá, todas não, mas lembro delas terem acontecido... das nossas promessas loucas, dos meus pedidos desesperados, das suas aceitações sem pensar... "i stand in front of you i'll take the force of the blow. Protection" ... de todas as nossas mentiras cúmplices e "do que sabe a cabra das barbas do bode".... do vinho, do vício...
      no fundo é isso mesmo... duas mesmas metades da laranja, que nunca vão se completar mas já estão acostumadas com essa idéia e mesmo assim continuam seguindo, procurando um jeito, uma forma.
      e quem sabe um dia a gente se vê numa melhor
      eu te amo Monick, feliz aniversário